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Estudo da DECO garante que maioria dos estabelecimentos vende tabaco a menores de 18 anos

 

25 Julho 2012

  A Associação de Defesa do Consumidor (DECO) visitou 105 estabelecimentos distribuídos por cinco cidades do país, para verificar se vendiam tabaco a menores de 18 anos e constatou que 72 não cumpriam a lei. O estudo, que vai ser publicado na edição de agosto da revista Teste Saúde, decorreu em março e abril, e contou com a colaboração de jovens entre os 13 e os 16 anos que visitaram lojas em Coimbra, Évora, Faro, Lisboa e Porto, para verificar se é cumprida a lei que proíbe a dispensa de tabaco a menores.

  Os jovens verificavam se os estabelecimentos tinham o aviso de "venda proibida a menores" e pediam um maço de cigarros, nunca se identificando como colaboradores de DECO. Sempre que foram questionados sobre a idade, os jovens disseram a idade verdadeira e mostraram o cartão de identidade, quando lhes foi pedido. Após cada visita, registaram os acontecimentos num questionário. Segundo o estudo, Évora, Lisboa e Porto foram as cidades "com maior proporção de estabelecimentos a vender cigarros a menores de 18 anos”.

 

  A DECO revela alguns comentários feitos por funcionários de algumas lojas. "Sabem que a venda de tabaco a menores é proibida?", comentou o funcionário de uma papelaria em Lisboa ao entregar um maço de tabaco aos jovens de 14 e 15 anos, acrescentando: "15 + 15 = 30 [referência à idade dos jovens]: posso vender, mas tenham cuidado, escondam-no." "Vendo, mas contra a minha vontade", "Tens de ter cuidado com isso", "É para o pai, näo é? [com um piscar de olho]" foram outros comentários ouvidos pelos jovens durante o estudo, enquanto lhes punham os cigarros na mão ou acionavam a máquina de dispensa automática.

  O vendedor deve pedir, em caso de dúvida quanto à idade do cliente, um documento de identificação. Em 32 estabelecimentos, os funcionários fizeram-no ou perguntaram a idade. Porém, a resposta não impediu a concretização do negócio em seis casos, adianta a DECO. Os jovens conseguiram comprar cigarros em todas as cidades, mas em Coimbra e Faro tiveram mais dificuldade. Nestas cidades, apenas metade das lojas satisfez o pedido, enquanto em Lisboa e Porto foram quase três quartos a fazê-lo e, em Évora, 87 por cento.

  O sistema de bloqueio da máquina automática tornou-se obrigatório para barrar o acesso direto a menores, mas, em 38 locais com máquinas, 23 quebraram as regras e acionaram o sistema de dispensa a pedido dos menores. "A maioria dos comerciantes ficou mal nesta fotografia, embora com mais uns euros no bolso”, comenta da DECO.

  Para a associação, as atitudes registadas durante o estudo contribuem para "o alastrar do tabagismo entre os jovens, cujo organismo, ainda em desenvolvimento, é particularmente sensíveis aos efeitos nefastos do fumo". "Em cada cinco que experimentam, três tornam-se fumadores regulares", estimando-se que metade destes venha a morrer por doenças relacionadas com o tabaco.

  A curiosidade e a influência dos amigos podem ser fatores decisivos para a iniciação, mas o acesso fácil aos produtos também assume um papel importante, alerta, defendendo que a prevenção é "melhor estratégia" para evitar que os jovens comecem a fumar.

  Fonte: Notícia retirada na íntegra do site: www.pulmonale.pt (Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão)

 

 

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