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Educação Portuguesa Versus Educação Inglesa

Educação Portuguesa Versus Educação Inglesa

 

  No âmbito da disciplina de Português, foi-nos proposto realizar um texto expositivo sobre uma reflexão do método de educação inglês e o método de educação português.

  Educação engloba os processos de ensinar e aprender. É um fenómeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas, responsável pela sua manutenção e perpetuação a partir da transposição, às gerações que se seguem, dos modos culturais de ser, estar e agir necessários à convivência e ao ajustamento de um membro no seu grupo ou sociedade.

  A educação inglesa baseia-se, segundo Eça, na velha frase “mente sã em corpo são”, isto é, dar liberdade à criança de maneira a que ela possa viver a sua infância sem preocupações e não ser subornada naquilo que faz, o que leva a que mais tarde consiga dar sem o propósito de receber. Nesse tipo de educação também se verifica algum contato com a natureza. Isso verifica-se n’ Os Maias de Eça de Queirós, na educação de Carlos da Maia, numa frase que passamos a citar: “(…) correr, cair, trepar às árvores, molhar-se, apanhar soalheiras, como um filho de caseiro (…)”.

   Em suma, este tipo de educação, comparado com a portuguesa, era na altura uma educação muito menos absolutista, mais liberal, o que leva a que a criança evolua com uma mente muito mais aberta para as vicissitudes que lhe são apresentadas pela vida.

  A educação portuguesa é um tipo de educação que é corrompida, e nós como portugueses temos a perfeita noção disso. Em crianças, quando andávamos na escola, os nossos pais diziam-nos sempre que, por exemplo, se queríamos ter um jogo para a playstation, tínhamos de ter boas notas, ou então nada feito.

  Verifica-se, também, que na educação portuguesa, as crianças são muito mais mimadas pelas pessoas que as educam, o que leva a um amadurecimento mais lento. Consta-se este fenómeno também n’ Os Maias, na educação de Eusebiozinho que, em relação a Carlos da Maia, tem uma educação mais absolutista e, como referimos anteriormente, mais “subornativa”. Passamos a citar uma frase da mãe de Eusebiozinho, onde se consegue verificar esse suborno típico da educação portuguesa: “(…) e a mamã prometeu-lhe que, se dissesse os versinhos, dormia essa noite com ela.”.

  A nosso ver, a educação inglesa é melhor, pois permite-nos preparar para os obstáculos que o futuro nos reserva, pois se desde crianças formos habituados a fazer tudo sozinhos, que dificuldades iremos ter no futuro?

Rui Santos e Simão Borges
Curso: TEAC